« Desde o dia em que abrimos os olhos e vemos o rosto da nossa mãe, acho que o coração, por assim dizer, deixa de nos pertencer. É um chato que nos comove. É um traidor. É um independente. É um inquilino. »



Ao passar por mim...


Soa como uma melodia daquelas que nos fazem querer chorar.
Daquelas que nos soa a intimidade.
Que nos fogem do campo da compreensão.
Ao aproximar-se de nós.
Assim como que nos estivessem ao ouvido a suspirar uma história.
Uma história com um final. Ou sem ele.
Não é importante.

Soa como um filme daqueles que não sabemos como reagir.
Daqueles que nos soa a emocionalidade.
Que nos fazem rever em situações prevertidamente semelhantes.
Ao antingir-nos.
Ao alcance de uma emoção mais abafada.
Abafada pela desculpa de tempo e de percepção.
Com maior ou menor tempo e reacção.
São pormenores.

Soa como um poema daqueles que terminam na consciência.
Daqueles que nos soa a arrependimento.
Que nos trocam os erres pelos tês, ao remoer a razão.
Ao fingir.
O que não doi mas que na crua realidade parece doer.
Nem sempre conseguimos perceber.
Impenetráveis conclusões.
Vias secundárias.

Soa como um daqueles...

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