
A luz dos candeeiros da rua iluminam-lhe a cara. A escuridão da noite ilumina-lhe o coração. Ao longe avista um homem. Malvada, é malvada. Não evita os pensamentos mais proibidos. Assim e desta forma. «Já chega», diz ela na tentativa falhada de enganar a consciência remendada. Conta os passos como se já soubesse qual a conta final. No auge de toda a sua intocabilidade contorna o passeio ao pé coxinho. Finta o próprio pensamento e pisa o risco: desvios no caminho por intuição. Ao longo do trajecto nebuloso não consegue evitar o cliché: «a vida como vai?». Pensamentos de como é e de como teria sido se não tivesse acontecido dessa ou daquela forma são interrompidos por carros ruidosos. Sombras velozes passam por perto. E não consegue evitar que o arrependimento surja de mão dada ao medo e à infidelidade da emoção... «Pára!», e agora perfere encontrar a luz pode ser que o coração se cale de vez.
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