Puro Entendimento

O que é suposto fazermos depois disto? Diz-me. Eu não sei se é correcto, mas incorrecta sou ao dizer que o correcto não é nosso amigo. Fomos felizes, depois disto e apesar de tudo o que não parece correcto ou que consegue mesmo ser incorrecto. Sim, sei o que estás neste momento prestes a dizer... Mas não digas! Bem sei que felizes é triste demais, nem parece meu. Eu que gosto das palavras raras e daquelas que nos sugerem de imediato um cenário. Diria agora que fomos libertinamente amados, que é como quem diz deliciosamente apalpados. (risos) Sabes bem, como o humor (negro) sempre foi o meu forte! O que é certo é que aprendemos a sorrir e chorar nos momentos mais exactos, o que faz de nós exactamente o quê? O que eu mais gosto é disto: tu não és capaz de me interromper. Sabes que assim eu me sinto completamente narcisita (não tanto ao ponto do discurso na primeira pessoa , não sei se já tinhas reparado), e também porque sabes que eu adoro o facto de sentir que estou a ser admirada pelas palavras fluidas e geniais proferidas pela minha pessoa. Esse levantar do canto dos lábios foi muito, deveras comprometedor... Estás a tentar dizer-me algo ou como não queres interromper este momento grandioso da tua pessoa preferida decides entrar pela telepatia? Sabes, eu não era o que sou agora sem ti. E eu sei perfeitamente que tu sabes que eu sei o que vai acontecer depois dISTO. Ou não será melhor dizer que mais uma vez se comprova a nossa preocupante, do ponto de vista científico claro está, capacidade do 'pensamento'. O melhor mesmo é eu dizer que isto me vai capturar muitos miliminutos de sono (sim porque como eu durmo pouco tudo tem de ser transformado a uma escala correspondente) e que sinceramente, e tu sabes que eu sei ser sincera, não te posso dizer e muito menos supor um final. Não sei. Só que vou ser fiel às reflexões e aos caminhos por onde elas me possam levar, e só te posso pedir que sejas insistente quando o racional disser que tal; até lá vamos reconfortar-nos com o orgulho e dar uso à nossa estranha capacidade do 'pensamento'.